domingo, novembro 29

O Dia do "Suízo" Final

Num centro de operações algures no Médio Oriente, uma luzinha correspondente à Suíça acabou de se acender...

sábado, novembro 28

Crimes Contra a Humanidade [7]

Não diria que as piadas secas são propriamente um crime, diria antes que estão um bocado numa zona cinzenta. Existem as boas piadas, como "Ouvi dizer que o Sporting ainda tinha boas hipóteses de ser campeão este ano!", existem as más piadas, como "Será que agora que o Barack Obama é presidente, a Casa Branca tem que mudar de nome? Hum, hum, perceberam? A casa é branca, e ele não é, hã, que tal, hum hum?".

Como deu para ver, uma boa piada é aquela que nos faz rir, que apresenta uma situação engraçada, e uma má piada é aquele em que temos que explicar a piada ao ouvinte. Entre estas duas, temos as piadas secas. Por vezes requerem explicação, nunca fazem qualquer sentido (mas é que nunca, mesmo), e quase sempre nos metem a rir às gargalhadas.

Eu próprio recorro muitas vezes a estas piadas secas, são extremamente úteis, simples, curtas e fáceis de decorar, e são quase intuitivas. Mas, lá está, são secas. Exemplo: "O que é uma loira, no meio de duas morenas? Uma quebra de raciocínio!". É seca e mázinha. Mas ainda há piores!

"Qual é que a semelhança entre um canguru e um tijolo? Ambos saltam, menos o tijolo!" ; "Iam dois elefantes a andar na rua, um caiu, o outro chamava-se António!" ; "Como é que vou escrever a composição? Com os dedos, de preferência"; entre outras, são bons exemplos de piadas secas, parvas, muito parvas, e que (sei por experiência própria) fazem rir muita gente à gargalhada, sem fazerem a mais pequena pinga de sentido.

Mas as piadas secas têm uma vantagem em relação às outras. São as únicas piadas das quais nos rimos, depois de nós próprios as dizermos! São tão intuitivas e instantâneas, que só nos apercebemos delas, depois de as dizermos! É por isso que as piadas secas são as que mais existem.

Por isso, e porque chove pouco.

quarta-feira, novembro 25

Para ler no fim: Eu sei!

Hoje choveu. E não foi assim tão pouco quanto isso. E eu não gosto de chuva. E muito menos de me molhar. Como deve ser fácil de imaginar, hoje foi daqueles dias em que andar na rua foi algo extremamente desagradável.

Para ajudar à festa, ainda tive que andar de metro, a uma determinada hora em que aquilo estava a abarrotar. E eu não gosto de multidões.

Eu sei que parece que a culpa é minha, eu é que não gosto de muita coisa, mas a verdade é que todos nós temos ódios de estimação, eu tenho o azar de ter uns que facilmente acontecem ao mesmo tempo.

Mas... mas... mas... houve algo que me fez rir interiormente o suficiente para ganhar o dia... Sabem qual é a sensação de ver um maluco a caminhar rua abaixo com a braguilha aberta, e algo a espreitar cá para fora, que não deveria estar cá para fora de maneira nenhuma!?!?!?

domingo, novembro 22

Sportinguistas Anónimos

O Zé Manel olhou para a porta, e leu as iniciais "S. A.". Estava no sítio certo. Entrou, cabisbaixo, e olhou para o grupo de pessoas que lá estavam sentadas. Quase todas tinham exactamente o mesmo olhar perdido e eludido do Zé Manel. As excepções eram aquele que parecia ser o monitor do grupo, e um indivíduo que se mantinha de mãos nos bolsos, com um cachecol verde ao pescoço, e cujos olhos ainda brilhavam de fúria futebolística.

Recebendo um aceno de cabeça de todos os membros do grupo, o Zé Manel dirigiu-se lentamente para uma das cadeiras vazias, e sentou-se, com a cabeça escondida pelas mãos, em vergonha.

- Não tenhas vergonha, meu filho... - disse uma senhora com um olhar simpático, ainda que triste, que estava sentada ao lado do Zé Manel, e que lhe pousou a mão no ombro - Já todos estivemos assim...

- Eu não. - rosnou o indivíduo do cachecol.

Como resposta, o indivíduo do cachecol recebeu olhares reprovadores da parte de todo o grupo, aos quais se limitou a revirar os olhos, e a cruzar os braços. Encorajada pelo monitor do grupo, o Zé Manel levantou-se, com as mãos nos bolsos e, depois de soltar um longo suspiro, e de limpar uma lágrima solitária no canto do olho, disse:

- Olá, eu sou o Zé Manel...

- Olá Zé Manel! - respondeu todo o grupo em uníssono.

- E... Bem, e sou sportinguista.

O grupo permaneceu em silêncio, esperando pela história do Zé Manel. E o Zé Manel permaneceu em silêncio, esperando que alguém lhe pedisse para contar a sua história. Depois de 10 longos minutos de olhares fixos e constrangedores, o Zé Manel sentou-se. O monitor olhou para ele, com pena, e pensou: "Coitado... Ainda deve estar a pensar no Paulo Bento...".

Foi então que, de repente, o indivíduo do cachecol saltou da sua cadeira, abrindo o casaco, para revelar uma camisola às riscas verdes e brancas, e começou a gritar:

- SPORTING! SPORTING! SPORTING!

O monitor do grupo levantou-se imediatamente, e aproximou-se dele, tentando acalmá-lo.

- Esquece. Não vale a pena... Eu já ultrapassei esse problema, mudei para o Benfica. E agora já posso sonhar em ser campeão. Aliás, não só sonhar, como ser campeão! Chega de estar abraçado a causas perdidas, como os avançados mais baixos que a bola, ou os reforços que se mandam vir quase exclusivamente das camadas jovens!

O resto do grupo levantou-se, solenemente, enquanto o indivíduo do cachecol se acalmava. O Zé Manel observava tudo aquilo, perplexo, e constrangido. Sentia que tinha encontrado os seus iguais. Gente como ele, que se continuava a iludir, e a pensar que o Sporting era um clube a sério. "Chega", pensou ele. De um pulo pôs-se em cima da cadeira, e gritou:

- BENFIIIIIIIIIIIICA!

Todo o grupo aplaudiu, incluindo o indivíduo do cachecol, com lágrimas nos olhos. O Zé Manel era novamente um homem feliz.

Leopoldina

A única ave... que também é um mamífero.

quinta-feira, novembro 19

Obrigado!

Bem... estamos no Mundial. Gostava de agradecer à Bósnia, por ter tido o bom-senso de não nos humilhar, como poderia ter feito. E gostaria de repreender o adepto da Bósnia que acertou no árbitro... Tinhas feito muito melhor se tivesses acertado no Queiroz, não achas?

terça-feira, novembro 17

Coisas que me enervam

A lista é grande, mas eu vou tentar reduzi-la a três ou quatro.

Manteiga. Barrar manteiga, para ser mais preciso. A manteiga está no frigorífico, logo está dura, e o pão é mole, não oferece resistência. Conclusão: acabo sempre com a manteiga aos pedaços no pão. Ora isto é extremamente aborrecido, porque não temos a satisfação pessoal de objectivo cumprido. Não, a manteiga não nos dá isso. A manteiga dá-nos isto: "só te lembraste agora de vir comer, lixas-te, não me puseste cá fora um bocadito, comes-me aos pedaços".

Blogs/sites com música automática. Imaginem o seguinte cenário. Chegaram a casa, sentaram-se em frente ao computador, e ligaram a vossa musiquinha, e toca a ir ver coisas na net. Abrem um blog, e pimba, apanham com um Tokyo Hotel de fundo. Não obrigado. Música no blog? Fixe, mas que me dêem a opção de a pôr a tocar ou não, ok?

Mau português. A sério. Eu até percebo, quando me mandam uma sms, e escrevem coisas tipo "trb" em vez de "trabalho" epah, percebe-se, e é para encurtar a coisa e não sei o quê. Agora quando me mostram coisas tipo "karro" em vez de "carro"... Por amor do Santo Garfield, isto é alguma coisa? Não abrevia absolutamente NADA, e apenas estupidifica a coisa. Já para não falar em erros que não fazem de propósito...

Francês. "Oh bonjour!", "Mon Dieu!", "Le français est idiot!". Epá, não dá, não consigo. É uma língua demasiado cantada, demasiado... amaricada. Cada vez que me lembro do meu teste oral de francês, em que se ouve uma voz muita masculina, a dar a ideia de um tipo muita masculino, a dizer "Je m'appelle Fifi!". Enfim...

segunda-feira, novembro 16

Faz algum sentido...

O Sporting foi buscar para treinador, o gajo que treinava o Vitória de Setúbal, quando este ganhou a Taça da Liga... ao Sporting.

É o chamado "recrutar aqueles que nos vencem, para que eles não nos vençam". Se bem que é capaz de ser má ideia, porque no final do ano devem ter que recrutar metade da Liga Portuguesa de Futebol.

sexta-feira, novembro 13

Parascavedecatriafobia

Ou então frigatriscaidecafobia. Ambos estes nomes designam o medo da Sexta-Feira 13.

Mas agora a sério, o pessoal que inventa estes nomes... gosta é de gozar com o pessoal, não é?

quinta-feira, novembro 12

Crimes Contra a Humanidade [6]

Já todos nós trabalhámos com computadores. Seja para jogar, para trabalhar, para fazer o que quer que seja. Mas já todos os fizemos. Como tal, suponho que devem ser familiares com aquela espécie "computadorus lentus".

Pensem assim, um bom computador é como o Lucky Luke, mais rápido que a sua própria sombra (passe o problema da sombra do computador não se mexer muito...)

Um computador mediano é como o Obikwelu. Nos primeiros tempos tem um speed doido, mas passado algum tempo, já está bom para a reforma.

Um mau computador é como os Morangos com Açúcar. Há uns anos era bom, agora é lixo sobrevalorizado.

Chegamos, por fim ao "computadorus lentus". Estes computadores são uma espécie de autocarros da rodoviária. Lentos, nunca funcionam como deve ser quando mais precisamos, toda a gente já usou, toda a gente conhece alguém que usa regularmente, e quanto mais cheios, mais vontade nós temos de desatar ao murro.

Um autêntico crime contra a humanidade. Eu cá uso um computador que é como o Benfica deste ano. Bom, muito bom, mas de vez em quando lá tem as suas pancas, e vai ao ar. Ora quando sou forçado a usar um "computadorus lentus", parece que regressei à Idade Média. Ter que esperar meia hora para que o computador inicie, uns bons 5 mins para que abra um programa, e bloqueios constantes?

Não obrigado.

terça-feira, novembro 10

A autora tentou ter alguns, mas pronto...

Depois de Pride and Prejudice and Zombies, e um Sense and Sensibility and Sea Monsters, porque não um Twilight e... aqueles monstros, como é que se chamam? Hum... bebem sangue humano, irrompem em chamas quando expostos ao sol... hum... vampiros, é isso!

domingo, novembro 8

Chacarron Macarron


A letra deve ter sido escrita por um gato a passear no teclado.

sábado, novembro 7

Labrego: A Fonética e a Escrita

Primeira grande regra do Labrego: Escrever como se fala. Isto faz com que praticamente cada falante tenha o seu próprio dialecto, o que complica a generalização, mas eu vou tentar.

Esta relação entre a fonética e a escrita, é mais acentuada em regiões com sotaques mais acentuados, como no Norte, nas Ilhas, e afins. Porquê? Ora, se durante toda a vida dizem "baca" em vez de "vaca", antes mesmo de aprenderem a escrever, é normal que depois saia "baca". Como já devem ter reparado, isto acontece mais com a troca do "v" pelo "b", mas há outros casos... hilariantes, como a troca do "ç" por "ss", e vice-versa, dando origem a "messa" em vez de "meça", e de "maça" em vez de "massa".

E como deixar de fora a invenção de letras onde elas não existem? Pensem na palavra "frente". Se tivermos uma boa dicção, e a dissermos como deve ser, tudo bem. Agora digam-na lá devagar. O "f" lê-se "fe", e lido devagar, sai, ou quase que sai, um "ferente". E já agora, a supressão de letras: "experimentar", muitas vezes transforma-se em "exprimentar".

Para acabar em grande, falemos nos estrangeirismos. Toda a gente sabe o que é uma "t-shirt". Só que é uma palavra inglesa lá está. E a população portuguesa, na sua grande maioria, nomes estrangeiros só acerta o dos jogadores de futebol. Em labrego, "t-shirt" costuma ficar "ticherte". E nomes de marcas e empresas ainda pior, porque têm várias grafias e pronúncias. "MacDonald's", tanto pode ser "MaqueDonaldes" ou "MaqueDonaldas", e o famoso Freeport, desde "Fripór" a "Fripér".

Agora experimentem pedir a um falante de Labrego para escrever "Arnold Schwarzenegger"...

terça-feira, novembro 3

No país mais descascado...


... é estranho não gostarem de ver alguém pelado.