sexta-feira, setembro 9

O último post

É triste. O meu primeiro blog, de que tanto gosto, com coisas tão engraçadas por aí escritas (e outras absolutamente execráveis a acompanhar)... Mas enfim, morreu. Já há muito tempo, mas só agora me apeteceu realmente anunciar. Até devia pôr daqueles anúncios, que aparecem nos jornais, na secção mais mórbida da comunicação social logo a seguir ao telejornal da TVI.

Adiós caro blog, já deste o que tinhas a dar, e já não ressuscitas. Talvez um dia te dê na gana armares-te em fénix, e renasças das tuas cinzas cibernéticas, com outro nome e outro aspecto (talvez esse dia não esteja assim tão longe...), mas tu, O Mundo é Triangular, foste à vida. Foi bom enquanto durou.

sábado, abril 30

Maioria vs minoria

Pessoalmente acho que é bastante paradoxal vivermos num regime que favorece as maiorias, quando são as minorias que realmente fazem alguma coisa.

sábado, abril 9

Férias.

Eu ainda não acredito.

terça-feira, abril 5

Ontem reparei numa coisa

Que é a seguinte: há uma forte relação de identidade entre as alturas mais desprezíveis da minha vida e as alturas em que frequento casas de banho públicas.

Desprezíveis porquê? Pelo simples facto de, nessas alturas, chegar mesmo ao ponto de pensar para mim mesmo "como eu gostava de ser gaja". Porque é que penso isso? Bem, pode ser por várias razões, como levar uma cacetada num sítio que eu cá sei.

Mas a verdade é que eu realmente reparei que a maior parte dessas alturas coincide exactamente com os dias em que tenho que entrar e utilizar uma casa de banho pública. É que os gajos são uns autênticos javardos. Não, a sério, é revoltante e absolutamente nojento. Uma casa de banho pública masculina é um verdadeiro catalisador de vómito.

Para começar, ainda não entrei numa única que não cheirasse pior que o hálito de alguém que acabou de vomitar depois de ter comido 3 kg daqueles queijos mal-cheirosos. E no entanto, sempre que passo por uma de raparigas (sem entrar, atenção!), quase que cheira a rosas. Não sei o que é que o pessoal vai fazer para a casa-de-banho, mas valha-me o Sonasol!

Depois, entrar numa casa-de-banho masculina é como fazer um safari à mente colectiva de um grupo de chimpanzés. Quer dizer, que os chimpanzés me perdoem, acredito que sejam capazes de fazer um gesto tão simples como puxar o autoclismo, mas preciso de algo para insultar para este bando de energúmenos. Olha, energúmenos funciona bem.

Bem, aquilo que acontece é que vê-se de tudo. Papel higiénico colado em todo o sítio? Check. Enormes massas castanhas a boiar na água da sanita? Check. Um cheiro nauseabundo que se entranha nas roupas? Check. Coisas disformes e assustadoramente irreconhecíveis que conseguem a proeza de parecerem absolutamente nojentas e absolutamente nojentas ao mesmo tempo? Check. A tampa do sabonete a boiar numa das sanitas? Check. Enfim, podia aqui ficar o resto da semana, mas tenho mais que fazer, e aposto que mais de metade das pessoas que começaram a ler isto já se foram embora.

sábado, abril 2

Somos uns brincalhões

Especialmente os políticos, que gostam de brincar à democracia.

sexta-feira, abril 1

Hoje que é Dia das Mentiras...

Aproveito para falar de um assunto que não tem absolutamente nada a ver. Já alguém reparou que os gritos chorosos de um bebé de alguns meses são virtualmente impossíveis de distinguir dos miados desesperados de um gato assanhado?

Isto é algo que me deixa de imediato a pensar nos bigodes destes felinos, vá-se lá saber porquê. A partir daqui pus-me a pensar nos bigodes de outras espécies, e reparei que só há um animal que se importa de ter bigode: a mulher.

Depois, numa lógica e claríssima linha de raciocínio, lembrei-me que a espécie humana é a única que se depila de livre e espontânea vontade; que se fura de cima a baixo para usar brincos e piercings e coisas que tais; que rabisca a pele de forma permanente; que faz penteados esquisitos e que usa roupa com uma área minúscula para depois estar sempre a refilar com quem olha para os 95% de pele que tem exposta (bem, sensivelmente metade da espécie, a que tem problemas com bigodes).

A verdadeira questão aqui é: onde é que está o leite?

Dia das Mentiras!

Agora a sério, onde é que está o leite?

Dia das Mentiras, outra vez!

Pronto, chega. A verdadeira questão aqui é: quão evoluída é esta espécie?

quarta-feira, março 30

terça-feira, março 15

Pimbas


Eu TENHO que arranjar um livro deste homem.

sábado, março 12

Vá, venham lá bater-me...

Quando abri o blog vinha cheio de ideias para escrever, além de uma enorme vontade de o fazer, mas assim que me deparei com o assustador espaço em branco para o qual tinha que transcrever tudo o que me passava na cabeça, acobardei-me e estive uns minutos a contemplar esse mesmo espaço vazio.

Queria escrever algo mais "literário", mais na onda de uma pequena história, mas também queria escrever algo que servisse de alegoria para criticar a geração à rasca, além de um texto sério, crítico e objectivo sobre a manifestação de hoje.

Como é óbvio, na altura de escrever caiu tudo por terra. Uma história não se escreve em dez minutos, num post dum blog; uma alegoria é pura e simplesmente pretensiosismo da parte da minha mente; e um texto sério, crítico e objectivo que não fosse um simples papaguear de tudo o que já vi escrito seria algo muito complicado.

Assim sendo, acabei da forma que me estão a ler. A não dizer nada de jeito. Mas vou aproveitar para ainda dizer umas coisinhas.

Toda esta história da geração à rasca, da canção dos Deolinda, da overdose de Homens da Luta e do ressurgimento da cantiga enquanto arma para a revolução, tem-me passado um bocado ao lado. Quer dizer, eu até compreendo alguns dos argumentos do pessoal à rasca, acho que os Deolinda são engraçaditos e que os Homens da Luta são verdadeiramente hilariantes, mas vamos lá ter calma...

Para começar, tendo eu 17 anos e andando na escola, ainda não percebo na totalidade os problemas de que tanta gente se queixa. Não faço a mais pálida ideia do que é estar no mercado trabalho, tentar arranjar emprego, pagar dívidas e afins. Mas sei o que é esforçar-me em vão, fazer sacrifícios e escolhas mais ou menos difíceis. Sei o que é estar a estudar para conseguir atingir algo que não tenho a certeza de ser atingível. Mas acho que não vai ser aos gritos no meio da Avenida da Liberdade que vou conseguir o que quero.

A sério, manifestações são coisas de gente mimada (desculpa Alice! É óbvio que há excepções, mas estou a falar no geral, não me crucifiques já). Gritam que querem isto e gritam que querem aquilo e gritam que querem mais não sei o quê, mas sabem quem é que grita para conseguir o que quer? Bebés.

Pensemos um bocadinho. Porque raio é que tanta gente sente esta necessidade de gritar por aquilo que quer? "Porque o Governo está cheio de bestas e não nos dá o que queremos sem que gritemos!". Sim, talvez, mas porque é que isso acontece? No fundo, e tecnicismos sócio-político-económicos que eu não percebo à parte, é porque não há dinheiro. E não há dinheiro porque se anda a pagar a gente que chega tarde e sai cedo, gente que podia despachar o quádruplo do trabalho, se não ligasse a tantos amigos, não fizesse tantas pausas para cigarrinhos e se se queixasse menos e trabalhasse mais.

Não há dinheiro porque se anda a fomentar uma educação para europeu ver, que obriga os alunos a estarem na escola até ao 9º ano (nada de especial), mas que quer esticar isso para o 12º (HORRÍVEL!), que olha para os números e vê que o número de repetentes duplicou, e lhes arranjam cursos profissionais, onde andam, com 18, 19 e 20 anos a aprenderem coisas que eu aprendi aos 12... Mais uma vez, nem todos são assim, e perdoem-me os que não são, se se sentirem ofendidos. Mas eu olho à minha volta, e é só isto que vejo, praticamente.


(E muito mais, é claro! E sei que o Governo não está isento de culpa, obviamente, também houve ali muita aldrabice... Mas pronto, continuemos...)

Isto faz com que no final se tenha uma geração inteira com o 12º feito, provavelmente até com um canudo nas mãos, mas com um grau de conhecimentos equivalente ao que aqueles que estudaram pelas vias normais tinham antes de saírem do básico.

Se calhar não tenho razão. Não sou economista, a minha especialidade é mais explosões, astronomia e funções. Por isso às tantas o que disse ali em cima não passam de argumentos ocos que precisam de amadurecer e o raio que o parta. Pelo menos não é só "Basta!", gritado a plenos pulmões.

Ainda fica muito por dizer, mas deixem-me acabar a dizer que compreendo quem se diz à rasca. Eu também estaria, se em vez de ter ficado em casa, a estudar, tivesse passado a tarde a passear pela rua, a gritar feito idiota, com uma cartolina nas mãos.

sexta-feira, março 11

City von Containern II

Ainda só tive 2 dias de aulas nos famigerados contentores e já desenvolvi toda uma nova e resplandecente gama de ódios.

Por exemplo, normalmente pouco ou nada ligo às vestimentas das outras pessoas. Pouco me importava com o facto de esta ou aquela rapariga estar de saltos altos ou de coisinhas horríveis com nome de bruxinha adolescente. Pois bem, isso mudou, e de que maneira! Actualmente até prefiro que venham descalças, a empestar perfumar a escola com o cheiro a chulé rosas, do que virem de saltos altos.

É que é uma das coisinhas mais irritantes que eu já vi, ombro a ombro com areia dentro dos calções da praia. Gajas de salto alto, no primeiro piso dos contentores, NÃO dá bom resultado. Nos contentores em baixo ouve-se um portentoso TOC TOC TOC TOC, que ressoa por todo o lado, fazendo tremer o próprio âmago de quem o ouve e sente.

Por isso vos peço, encarecidamente, que deixem os saltos altos em casa. Eu empresto-vos uns ténis, uns chinelos, qualquer coisa, mas não levem saltos altos. Por favor.

Ah, e no que toca a alunos amacacados, aqueles que conseguem ser um insulto tanto para os alunos como para os próprios macacos, por favor deixem-se a vocês mesmos em casa. Se há coisa que também não me faz falta por lá, são os vossos gritos e gemidos e bramidos e parvoíces e manias e tudo o resto!

quinta-feira, março 10

City von Containern I

Deu-se hoje na escola uma mudança deveras agradável. Em virtude das obras na escola já estarem a decorrer, todos os 900 e qualquer coisa alunos foram trasladados para as chamadas "instalações provisórias", os relativamente famosos monoblocos. Ou, como eu e toda a gente carinhosamente lhes chama, os contentores.

Não quero com isto dizer que se parecem com contentores do lixo, nada disso! São mais do estilo daqueles contentores de carga marítima. Só que em vez de cheirarem a peixe, cheiram a ovelhas que se seguem umas às outras, num círculo interminável de estupidez e parvoíce acentuada.

Mas bem, é uma mudança para melhor. Como já disse, estas instalações são meramente "provisórias", que é como quem diz "até as obras acabarem", data que, dependendo do sexo da pessoa a quem se perguntar, tanto é "daqui a 14 meses" como é "um dia destes, agora é que não, que dói-me a cabeça". Depois destas instalações, iremos ter direito a uma escola topo de gama, verdadeiramente espectacular, futurista, com aspecto de casa de jogador de futebol extravagantemente rico, com direito a materiais topo de gama...

É claro a expressão "topo de gama" tem significados diferentes em "escola topo de gama" e em "materiais topo de gama". Uma espécie de polissemia que só faz sentido dentro da minha cabeça. No primeiro caso refiro-me a uma escola do caraças, verdadeiramente espectacular; já no segundo, refiro-me a materiais gamados, já que pela altura em que está previsto o fim das obras (daqui a 14 meses, evitei as gajas, desta vez) provavelmente não vai haver dinheiro para comprar livros de ponto, quanto mais computadores todos tecnologicamente avançados e outros materiais que tais.

Ah, e já referi que vos menti um bocadinho? Ora vejam: "iremos ter direito a uma escola topo de gama". AH!, bela piada, não sei como é que deixam passar estas coisas! Conseguem apanhar a mentira? Façam de conta que eu sou a Dora a Estereótipo e procurem por ele.

...

Ora, lá está ele! Muito bem apanhado! A parte do "iremos" é mentira. Pois é, uma vez que tenho o azar de ser um rapaz moderadamente inteligente que não tenciona chumbar, acabando assim o 12º (LOGO À PRIMEIRA VEZ, MINHA NOSSA SENHORA, QUE ABERRAÇÃO DA NATUREZA!!!!), só irei ter mais... 3 meses nesta escola. Ficam a faltar uns estrondosos 11 meses, quase tanto tempo quanto o tempo que uma criança demora a nascer numa telenovela. Ou seja, não apanho a escola nova.

Fico-me mesmo pelos Containern.

terça-feira, fevereiro 22

Comparações

"O Porto fica no Porto, o Benfica em Lisboa e o Sporting no cabo das Tormentas."

Frase feita à escala de 1 ponto na tabela classificativa para a quantidade de quilómetros que muito bem me apetecer e que eu acho que demonstre bem a distância entre os clubes mencionados.

domingo, fevereiro 20

Fragmentado

[...] Enquanto leva a sua quase não-existência até à janela, a calma do homem que contempla o Sol inunda o quarto, chocando com a exaltação do reflexo num confronto dos mesmos ensinamentos vistos através de diferentes olhos. O pastor sorri, disfarçadamente, ao mesmo tempo que abana a cabeça e se esquece da razão porque sorri. Alheio a tudo isto, o homem sombra murmura freneticamente fragmentos desconexos e desassossegados. [...]

sábado, fevereiro 19

Solidão científica

Anda aí alguém de ciências com um genuíno gosto por coisas absurdas e/ou curiosamente e interessantemente complexas?

Apocalipse Nau

Acho que a partir de Segunda vou para a escola de barco.

quarta-feira, fevereiro 16

Faz todo o sentido

A associação de pais patrocina o baile de finalistas, mas só podemos ir se desperdiçarmos entre 12 a 20 tardes, a partir das 18h00, na recta final do 12º ano (aquele ano fácil em que temos exames dos quais estão dependentes os próximos anos da nossa vida), a aprender danças de salão.

Todo o sentido, faz todo o sentido!

terça-feira, fevereiro 15

Não tem nada a ver

Sabem de que autores é que gosto mesmo?

Estão a ver aqueles meio-desconhecidos que falam dos seus livros e das suas carreiras como se fossem jornalistas a falarem do último galardoado com o prémio Nobel da Literatura?

*aponta para o título* Pois.

domingo, fevereiro 13

Daí não gostar de Ricardo Reis

Descobri que me sinto intensamente incomodado pela apatia e pela passividade.

sábado, fevereiro 12

Saramago

"O caos é uma ordem por decifrar."

sexta-feira, fevereiro 11

É este o país em que vivemos

Se há coisa que não gosto, é de falar ao telefone/telemóvel. Especialmente com completos desconhecidos que me ligam para casa a fazer publicidade ou o que quer que seja.

Com isto em vista, apreciem a seguinte situação: estava o indivíduo (eu) muito bem, a desfrutar da sua tarde livre, quando toca o telefone. De imediato ligeiramente aborrecido por lhe interromperem o descanso, atende e pergunta "Quem é?", pergunta que é respondida por uma voz meio robotizada, aos soluços, que diz "Não desligue. A sua chamada está a ser reencaminhada para um operador. Irá ser posto em espera. Não desligue.". De notar a repetição do "Não desligue." no início e no fim da mensagem, como se o indivíduo fosse alguma espécie de bruto com uma memória tão má que não se lembra do que lhe disseram há uns estrondosos 5 segundos atrás.

A espera lá começa, devidamente acompanhada com a típica musiquinha de fundo, e o indivíduo pensa "Bem, foram eles que me ligaram, deve ser rápido.". Muito enganado estava o indivíduo! Esperou uns bons 5 minutos, durante os quais, a certa e determinada altura, lhe apeteceu fazer algo selvagem e fora do comum, como ir à casa de banho, mas com o medo de depois deixar o operador a falar para o boneco, não o fez.

Ora depois dessa epopeica (sim, ando numa de épicos) espera, lá ouve uma voz humana a sério, um homem, pelo timbre, que lhe diz, de uma forma muito profissional: "Daqui fala o (não faço a mais pálida ideia, esqueci-me completamente do nome), em que é que é posso ajudar?". Depois houve um daqueles momentos, típicos dos filmes, em que o indivíduo ficou à espera de ouvir as gargalhadas tão habituais nos momentos cómicos, mas não ouviu nada. "Deve ser a sério...", pensou. "Hum... Eu é que recebi a chamada...", respondeu, num tom duvidoso, à espera de ser interrompido a qualquer momento pelas gargalhadas.

E o homem do outro lado continuou como se nada fosse, lá disse o que tinha a dizer, e desligou. Parece-me que foi uma situação bastante razoável, ligarem para alguém para lhe dizerem que vai ficar em espera. Depois a pessoa fica mesmo em espera durante uns bons 5 minutos, após os quais um operador lhe pergunta o que é que quer.

Como diria um colega meu... "É este o país em que vivemos.".

terça-feira, fevereiro 8

Cobertores

Porque raio é que há pessoas que vão para a escola com um cobertor às costas? Acordaram e pensaram: "olha, hoje não me apetece levar um casaco para a escola, dá muito trabalho... levo um cobertor"?

Retórica

Às vezes pergunto-me se não serei demasiado mauzinho...

...e chego sempre à mesma conclusão: "quero lá saber".

segunda-feira, fevereiro 7

Toma toma toma foguetinhos!

Saramago: Recebeu o Nobel da Literatura.
Camões: O dia da sua morte é feriado nacional.
Pessoa: ...

domingo, fevereiro 6

Tenho uma dúvida...

Um texto assim:

"Fernando Pessoa era, de facto, um poeta maravilhoso, provavelmente o melhor poeta de todos os tempos, e só isso explica o facto de se ter dado a tantas liberdades literárias, cada uma delas tida como melhor e mais espectacular que a anterior, por menos qualidade que tivessem [...]"

Levaria entre 17 e 20 sem ser preciso uma leitura muito profunda.

Já um assim:

"Fernando Pessoa nunca foi um grande poeta. Inventava amigos imaginários, com quem conversava e a quem dava vidas completas, e as pessoas achavam graça. Só isso explica o facto de se ter dado a tantas liberdades literárias, cada uma delas tida como melhor e mais espectacular que a anterior, por menos qualidade que tivessem [...]"

Apanhava com no máximo um 14, se não fosse enviado para trás, com rasgadas críticas a ocupar as margens da folha.

Porquê?

Prova de habilidade

Sendo destro, cortar as unhas da mão direita.

sábado, fevereiro 5

Sobre Ricardo Reis

Ele era um panhonha

Que escrevia poesia
E que não tinha fronha
Porque não existia.

Nem não nem sim
De jeito nada saía
Dizia que nim
Porque não existia.

O pai era louco
Mãe, não havia
Irmãs tampouco
Porque ele não existia.

Mas tinha um irmão!
Que pouco dizia
Por causa de um senão:
Também não existia.

Ou seja, era uma festa
Que tantos doidos faziam.
Mas só atrás de uma testa
Já que não existiam.

A testa do Nandinho
Que se contradizia
E não era um bocadinho,
Se bem que já existia.

Era esquizofrénico
E agora sem me rir,
Era neurasténico
E gostava era de existir.

Bem, vamos lá acabar:
Ele tinha a mania
De se pôr a inventar
E se calhar nem existia.

sexta-feira, fevereiro 4

Sporting 3 - 3 Naval

Sem presidente, sem Liedson, sem vitórias... qualquer dia até deixam de ser uma equipa de segunda.

Elucidem-me

Estarão os homens do lixo de greve, na Pontinha City e arredores? É que eu vivo num nono andar, e já quase que me chega aqui o cheiro do lixo que tem uns caixotes de lixo por baixo.

Por este andar é preciso chamar os homens da Pontinha, para limpar o lixo.

quinta-feira, fevereiro 3

Apeteceu-me

Como já se reparou, o aspecto do blog está diferente. Talvez seja uma mudança radical, passar de todo aquele azul-escuro e preto para este fundo quase completamente branco, mas enfim.

Aquela coisinha ali do lado, do acordo ortográfico, está um bocado desregulado, mas depois trato disso, dá demasiado trabalho para o fazer agora.

É verdade, o Benfica ganhou.

quarta-feira, fevereiro 2

A pedido de várias famílias...



E depois de mais de 3 meses embrenhado no mais angelical e bem-intencionado silêncio, venho aqui publicar alguma coisa.

Now, now, não quero ninguém já muito excitado. Não sou político, o que significa que não vou prometer nada a ninguém. Vou dizer que talvez haja a possibilidade hipotética de eu passar a vir cá, de vez em quando, mandar uns bitaites, mas aviso já que de forma diferente.

Qualquer dia mudo o aspecto disto. Acabam-se as mariquices, das tentativas de rubricas e sei lá mais o quê, para isso tenho o "Que a Estante nos Caia em Cima", que me chega bem.

Talvez sejam textos mais agressivos, mais revoltados e menos preocupados com o humor. Ou talvez sejam textos mais parvos, mais sem-sentido e muito mais preocupados com o humor. Digamos que no que toca a este blog, é como se eu fosse mulher, e estivesse grávida, com constantes mudanças de humor e caprichos inconsequentes quando muito bem me apetecer.

Vamos lá ver se ainda vamos tempo de evitar que este blog morra de vez?