sábado, fevereiro 28

MaisDoMesmo24

Ou será Tvi24? Ainda não acerto com o nome daquilo... Só sei que a Tvi estreou o novo canal, e adivinhem... parece a Tvi! 24 horas por dia! O que é que isso quer dizer? Eu explico: crimes, coisas que não interessam a ninguém, política aborrecida, coisas estúpidas que não interessam a ninguém, programas idiotas com actores a fazerem de apresentadores só porque têm uma cara laroca, e coisas estúpidas na generalidade. Como na Tvi. Mas 24 horas por dia. Que... excitação doida...

O melhor foi mesmo a contagem até o canal começar. 10 minutos antes? Nada disso! 10 horas antes? Nada disso! Uns dias antes! Ou seja durante 4 ou 5 dias, tivemos um canal que tinha um placar gigante a fazer uma contagem regressiva, acompanhada por um 'pi' irritante sempre que avançava um segundo.

Mas o pior não é o canal em sim, embora isso já seja muito mau. É sim a desnecessariadade (não sei se é uma palavra, mas aplica-se ao caso) do dito programa. Já existe 1 canal informativo, a Sic Notícias, e por estranho que pareça, até que é alguma coisa de jeito. E depois temos o problema de ser da Tvi. Já todos sabemos o tipo de notícias. Focados em crimes, cometidos por criminosos que cometem crimes violentos e criminosos. Sim, SANGUE. É só isso que interessa à Tvi, logo a Tvi24 não há-de fugir muito a isso, o que, digamos, é... chato. Na medida em que se torna aborrecido.

Mas pronto, para melhor ilustrar aquilo que eu digo, lembrei-me de um sketch dos Gato Fedorento:


sexta-feira, fevereiro 27

5-0

Sabem o que é que eu chamo ao trabalho do Tiago, o guarda-redes do Sporting frente ao Bayern?

Dar continuidade ao trabalho do Ricardo...

quarta-feira, fevereiro 25

Slumdog Millionaire

4 Globos de Ouro, e 8 Óscares. Bem merecidos diga-se de passagem. Fui ver hoje, 'Slumdog Millionaire', ou 'Quem Quer Ser Bilionário' em português. O filme conta a história de um orfão de um bairro de lata na Índia que participa na versão indiana do concurso Quem Quer Ser Milionário, e consegue ganhar. Falta uma pergunta e o episódio do concurso acaba. E prendem o gajo por pensarem que ele fez batota. Na esquadra vão revendo o vídeo do episódio, enquanto lhe perguntam como é que ele sabia as respostas, e ele em vários flashbacks, vai contando.

Juro-vos, as perguntas foram escolhidas a dedo. Era a vida dele direitinha. Todos os momentos marcantes, pimba uma pergunta. Mas pronto, adiante... O polícia percebe que ele está a dizer a verdade, e não está a fazer batota e deixa-o voltar ao concurso para responder à última pergunta. Ele não sabia a resposta e telefonou para o irmão dele, mas era a rapariga de quem ele gostava que atendeu. Mas ela também não sabia (devia-me ter telefonado a mim que eu sabia!), e ele disse ao calhas. E não é que acertou?!?!

É verdade, ele acertou as perguntas todas e ganhou o prémio final, 20 milhões de rupias (dinheiro indiano, não sei quanto é, só sei que é muito, muito mesmo), e ainda conseguiu ficar com a rapariga. É pena é o irmão ter apanhado meia dúzia de tiros, mas pronto.

Mas a sério que é muito bom, ganhou muita coisa e foi tudo bem ganho. Está definitivamente aconselhado.

domingo, fevereiro 22

A evolução de Darwin

Não, a exposição não é sobre a evolução de Darwin, mas sim sobre a Teoria da Evolução de Darwin. É na Gulbenkian, inaugurou dia 12 de Fevereiro, e termina a 24 de Maio, por isso aproveitem. Eu já lá fui e é realmente espectacular. Começamos por entrar por uma entrada (entrar pela entrada, que expressão gira) com a forma de um barco, o Beagle, onde Darwin fez a viagem que o ajudou muito a desenvolver a Teoria da Evolução.  A primeira coisa que vemos, é uma televisão a passar um filme ligeiramente desinteressante, por isso passa-se à frente, e chegamos às vitrinas com plantas e bicharocos embalsamados. Plantas e um leitão com pernas a mais, peixes-balão, cobras e borboletas.

A seguir temos uma réplica em tamanho real de um escritório de maravilhas naturais. Mais animais embalsamados, e alguns esqueletos e plantinhas. Temos ainda umas cartas e apontamentos de Darwin e de outros cientistas importantes que eu não me lembro o nome, e depois temos um esqueleto humano, e um de um cavalo (suponho eu)  com um vídeo a passar entre os dois que mostrava como todos os mamíferos têm a mesma estrutura óssea básica. Uma réplica à escala do Beagle, uma escultura de cera de Darwin quando ele era novo, e chegamos ao corredor dos animais. Vivos desta vez.

Um tanque com piranhas, que foi um bocado desapontante. Estava à espera de ver animais sanguinários a despedaçarem-se uns aos outros, mas limitavam-me a ficar ali quietinhas a olhar para nós. Ao lado uma jibóia. Grande como o raio. Mas estava a dormir, também não se mexia, mas as cobras não se costumam mexer lá muito, por isso estás desculpa jibóia. A seguir uma jaula de micos-leão-dourado, uns pequenos macaquinhos que saltitavam por ali. Logo a seguir iguanas. Umas grandes, outras pequenas, mas demasiado quietas para serem giras. Ao lado os meus preferidos. SURICATAS! Foi como ter uma manada de Timon´s a olhar para mim. E até eram parecidos com ele e tudo. Pequenos e esguios, olhos pretos, e riscas castanhas escuras por cima da pelagem castanha clara. Cauda e tudo. A seguir umas também desapontantes tartarugas. Grandes, mas quietas, embora tal como as cobras também não se costumem mexer muito, mas não gosto de tartarugas, por isso não estão desculpadas.

Saímos do corredor dos animais vivos, e temos mais uma galeria com cartas para Darwin, de Darwin, e apontamentos, nada de muito interessante. Mas tinha também uma escultura (em cera se não engano) de um orangotango, a Jenny, um dos primeiros a chegar ao zoo de Londres. Uns joguinhos para crianças e não sei quê, e a escala de evolução do homem, desde antes do Australopitecus até ao actual Homo Sapiens.

Por fim a saída, acabou-se, foi muito fixe. Visitem.

sábado, fevereiro 21

Trackball


Eu tenho uma trackball. Eu tenho. Aquilo porque eu tanto ansiava, finalmente aqui, debaixo da minha mão. É linda não é? Eu sei, eu sei, é lindíssima...

Finalmente

Férias. Finalmente de férias. São só 3 dias mais o fim-de-semana, mas não interessa, sabe sempre bem. É altura de deitar tarde e acordar tarde. De não fazer nada. É tempo de preguiça. Basicamente aquilo que eu faço todos os dias, só que agora com um motivo. Livre de trabalhos de casa e do que quer que seja, testes só daqui a uns tempos, preocupações com coisas de escola não existem por agora. 5 diazitos de pura preguiça sem fazer nada.

E mais uma vez, ali o Garfield consegue espelhar perfeitamente o meu estado de espírito. 5 dias praticamente passados a dormir, é isso que vou fazer. Já sentia saudades disto, as aulas cansam. Também já só faltam mais uns 4 mesitos, com mais férias pelo meio, e depois 3 meses de férias! Tão bom. Ainda por cima com uma coisa que eu sei que me agrada muito. Os professores têm menos férias que nós! Ah pois é, nós entramos de férias, e eles continuam na escola a trabalhar, ou em casa a corrigir testes e a preparar aulas. Esse conhecimento contribui imenso para a minha felicidade. A sério, o saber que eu estou sem fazer nada e a maior parte deles continua a trabalhar... É que há poucas coisas que me dêem mais prazer que isso.

sexta-feira, fevereiro 20

O ciclope da poesia!

Um autêntico génio, Luís de Camões, sem dúvida. Escrevia poemas que era uma maravilha. E os Lusíadas são divinais, para quem gosta do género (não é o meu caso). Mas aqui o zarolho tinha um problema... era um complicão do caraças! E depois quem sofre somos nós, os alunos... Aquilo é tudo muito bonito e tal, para quem gosta (o que, mais uma vez, não é o meu caso), mas aquela coisa de sentimentos antagónicos a funcionarem em conjunto é... chato. Bem como situações contrárias, e coisas sem sentido. "Contentamento descontente" é só uma delas. A sério, expliquem-me como é que isto é possível. O zarolho estava descontente por estar contente?

E depois, provavelmente a mais famosa: "Amor é fogo que arde sem se ver/é dor que dói e não se sente". Esta para mim é completamente atrofiante. Fogo que arde sem se ver? É possível, mas ele na altura não sabia isso. Só pode querer dizer que ele era um bocado para o maluquinho não? E dor que dói e não se sente? Mas dói, logo produz dor, logo sente-se, mas a seguir diz que não se sente, ou seja, sente-se e não se sente? Ai que dor de cabeça...

E depois temos aquela coisa: todos, ou praticamente todos os poemas dele falam da sua vida de coitadinho, e não sei quê, mas aquilo era uma festança do pior (ou do melhor, depende da perspectiva)! O zarolho era daquelas pessoas que quanto mais tinha mais gastava, e era uma amada diferente todas as semanas. E à pala disso temos nós que gramar com os poemas complicados do zarolho... Não era mais fácil ele ter arranjado um cão ou coisa do género...?

(Só a título de informação, eu sei que aquelas frases sem sentido, são paradoxos, e que isso é uma figura de estilo, uma das preferidas do zarolho, junto com a antítese, mas para fins de comicidade, preferi não revelar essa informação)

terça-feira, fevereiro 17

Aparição

Um livro escrito por Vergilío Ferreira com uma mensagem filosófica profundamente entranhada. O autor conta-nos a história da sua vida através de uma personagem ficticía "Alberto", que no fundo é o autor com outro nome. Ele conta a sua história, e lá pelo meio volta atrás e recorda coisas da sua infância e juventude.

Ficamos a conhecer a história de Alberto (e a do autor, por serem a mesma), na sua estadia em Évora, cerca de 1 ano lectivo, e de tudo o que ele aí passou, incluindo uma relação no mínimo estranha com Sofia, e um impasse com Ana, que nunca se percebe bem se gosta ou desgosta de Alberto, pois tanto o convida para jantar, como a seguir, no próprio jantar contraria completamente todas as suas teorias. Vemos também a sua relação com Bexiguinha, um seu aluno da faculdade, e que tem teorias muito parecidas com as dele, mas que acaba por ficar apanhado da tola, entre outras personagens que muito sinceramente não me lembro do nome, e também não quero contar demasiados pormenores.

Sobre a escrita de Vergilío Ferreira, só posso dizer que adoro. Gosto da maneira como ele escreve, as suas descrições, os seus diálogos... Uma escrita ao mesmo tempo simples e complexa, mas no entanto de fácil entendimento para quem esteja com um mínimo de atenção.

Contudo, não gostei propriamente do livro. Gostei razoavelmente, vá... A escrita é realmente muito boa, mas a história em si desperta pouco interesse (tirando os acessos de loucura de algumas personagens, e o sangue por ali derramado).

Resumindo, não aconselho nem desaconselho. A escrita é boa, o livro safa-se. A história é um bocado desinteressante, e se quem não gosta de filosofia pode esquecer este livro. A sério.

domingo, fevereiro 15

Charles Darwin


Charles Darwin. Um génio. Formou-se em teologia e desenvolveu a teoria da selecção natural. Faz este ano 200 anos que nasceu, e 150 que publicou o seu livro "A Origem das Espécies" (do inglês, On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life). Tudo começou com uma viagem de 2 anos, a bordo do Beagle, que tinha em mente mapear a costa da América do Sul, o que daria a Darwin a hipótese de desenvolver a sua carreira como naturalista. Essa viagem acabou por se tornar numa autêntica expedição de 5 anos, na qual Darwin desenvolveu a teoria da selecção natural, como forma de explicar a evolução. Basicamente a sobrevivência dos mais fortes. Nessa expedição recolheu muitos espécimes de animais e plantas, grande parte desconhecidos até ali. Mas foi a passagem do Beagle pelas ilhas Galápagos que foi crucial para desenvolver a sua teoria. As Galápagos são um conjunto de 58 ilhas, situadas no Oceano Pacífico, a cerca de 1000 quilómetros do Equador, que apresentem uma elevada biodiversidade, caracterizada pela existência das mesmas espécies em diferentes ilhas, mas com alguns pormenores diferentes, como, no caso das cotovias, o tamanho do bico, ou no caso das tartarugas, os padrões da carapaça. Primeiro pensou que eram diferentes espécies de animais, mas mais tarde chegou à conclusão que eram todos da mesma espécie, com pequenas diferenças que lhes dava uma maior adaptabilidade ao meio onde viviam. Ou seja, todas as tartarugas das ilhas Galápagos descendiam de uma espécie de tartarugas, que ao povoar as diferentes ilhas se foi modificando. O mesmo aconteceu com as cotovias, pois se numa ilha a comida dísponivel era mais dura, as cotovias tinham bicos mais fortes; se a comida era de dificil acesso por estar no fundo de sitios estreitos, as cotovias tinham bicos compridos e estreitos; etc.

Foram estas pequenas mudanças que chamaram a atenção de Darwin, que a partir delas, e de outras observações, tanto geológicas como de animais noutros sitios, desenvolveu a teoria da selecção natural, que diz que quando confrontados com dificuldades, as espécies mudam o seu comportamento, e podem ocorrer mudanças na anatomia das espécies. Essas mudanças ditam se a espécie sobrevive ou não. Como eu disse acima, a sobrevivência dos mais fortes. Ou uma frase muito conhecida "Evolui, ou morre", que explica muito bem a teoria de Darwin em 3 palavras.

Darwin casou com uma prima, Emma Wedgwood, e juntos tiveram 10 filhos, 3 dos quais morreram prematuramente, e muitos deles sofreram de doenças e tremores, o que provavelmente resultou de Darwin e Emma serem primos, como disse o próprio Darwin nos seus textos sobre acasalamento de individuos de linhagens próximas (inbreeding) ou distantes (crossing).

Os seus textos e teorias não foram facilmente aceites, sendo ridicularizados durante muitos anos, através de críticas em jornais, e mesmo caricaturas, tudo isto devido a, segundo Darwin, o homem e os macacos terem antepassados em comun, ideia fortemente contestada.

Morreu em Downe, Kent, Inglaterra a 19 de Abril de 1882, e foi enterrado na abadia de Westminster, ao lado de Charles Lyell, William Herschel e Isaac Newton, tendo sido uma das 5 pessoas não pertencentes à familia real inglesa, que tiveram um funeral de Estado.

sábado, fevereiro 14

Interessante...

       Ontem, sexta-feira 13. O suposto dia do azar. Hoje o dia dos namorados. Estaremos perante um gigantesco caso de uma enorme indirecta cósmica?!?

sexta-feira, fevereiro 13

Não percebo...

       Hoje é sexta-feira 13. Suposto dia de azar. Mas porquê? Porque não uma terça-feira 12? Ou um sábado 18? A sério que não percebo. Ainda dizem que ah e tal, foi não sei quem que fez não sei o quê não sei quando... Tretas! Ninguém sabe porque é que é sexta-feira 13 e não domingo 31, apenas dizem que é porque é! Mas pronto, é assim, dá azar porque dá e ninguém quer saber porquê. Mas a sério que não percebo...

quinta-feira, fevereiro 12

Foi hoje


       Chego ao dentista. Parece que só vejo branco. Branco nas paredes. Branco no chão. Branco no tecto. Branco nas lâmpadas. Branco na bata da enfermeira que me chama. Branco no corredor que leva ao consultório. Branco na roupa da dentista. Branco no guardanapo que me passam para a mão enquanto me dizem para me sentar. Branco no equipamento à minha volta. Branco no tecto que agora ocupa o meu campo de visão. Branco nos olhos da dentista enquanto se inclina para cima de mim e me abre a boca. Branco nas luvas que se aproximam da minha boca enquanto pegam nos instrumentos.
Mandam-me escolher os elásticos. Digo cinzento, não quero cá mariquices. Reclina mais um bocado a cadeira e começa a enfiar porcarias cá para dentro. Arames, e pedacinhos de metal e coisas do género. E manda água, e manda arzinho, e manda bochechar, e mete ácido (MESMO ácido), e reclina, e des-reclina, e mete para cima e mete para baixo, e mexe e remexe nos dentes, e mete cola, e finalmente acaba.
Levanto-me, olho em volta. Espelhos nem vê-los. Perguntam-me se quero um espelho, digo que sim, tentando conter o... digamos, entusiasmo. Olho, re-olho, volto a olhar. Tenho arames na boca. É... esquisito. Atrofiante. Uma sensação esquisita, tenho coisas a mais dentro da boca. Mas nada que não se aguente.

       Resumo: Nunca mais. Porra tanto branco! Ai o caraças ainda tenho que andar. Hum... para que serve essa coisa com ar de navalha assassina? Cor dos elásticos? Deve ser cor-de-rosa... cinzentos, claro! Qué isso? Essa coisa que me está a metAHHHHHHHHHHHH, é ácido! Já tá? Ah finalmente, já me dói o pesçoco e estou cheio de comichões. Espelho, preciso de um espelho. Não há nenhuma porra de nenhum espelho por aqui?? Ah um espelho, finalmente... HUH? A minha boca. Metais. Ai o caraças. Isto é esquisito. Tenho coisas a mais na boca. Mas safa-se vá.

       Conclusão: Cerca de hora e meia depois de me sentar na cadeira reclinável, ganhei um sorriso metálico, um charme electromagnético, e a partir de agora quando andar de avião: PI   PI   PI   PI!