segunda-feira, junho 29

O homem que deu à luz

Lembrei-me hoje desta notícia. Um homem que deu à luz. Duas vezes.

Não percebi qual foi o alarido todo à volta disto.

Afinal, eu também sou homem, e já dei à luz. Várias vezes.

Normalmente é lá para a noitinha, quando começa a ficar escuro... Lá tenho eu que ir dar à luz.

sábado, junho 27

Abhorsen e os Hemisférios de Prata

A conclusão da trilogia de Garth Nix, é uma continuação mais imediata que a anterior. O 2º livro passa-se 14 e 18 anos depois do 1º, ao passo que neste não há nenhum salto no tempo, pega na história exactamente onde a deixou. Isso torna-o muito mais... interessante, vá. No 1º livro, aquilo ficou praticamente acabado, não havia muita coisa a acrescentar de interesse, e o 2º foi quase só introdução a coisas novas. Só que ficaram a meio, e o 3º livro veio dar uma conclusão e um fim às pontas soltas do 2º livro.

Um bocado confuso, eu sei, mas pronto! O que eu quero dizer com isto, é que este foi o meu preferido dos 3 livros. Sameth torna-se muito mais interessante, e há uma clara evolução na personagem de Lirael. A situação de Mogget (o gato branco, um espírito da Magia Livre, aprisionado há mil anos, e obrigado a servir os Abhorsen, de quem eu acho que me esqueci de falar...) é um completo mistério durante a maior parte do livro, até ao final, onde toma um caminho completamente imprevisível!

Uma grande surpresa está também destinada à Cadela Desavergonhada, que se revela ser muito mais do que se pensava, embora já houvessem alguns (muitos) indícios disso mesmo. A história de Nick, o amigo de Sameth, e de Hedge, o necromante malvado, (duas personagens que eu acho que também não referi, ou referi muito pouco nos outros posts), adensa-se, e tem mais "tempo de antena" neste livro, pois acaba por se tornar o principal.

Para acabar, um final quase apocalíptico, que tenho que dizer que gostei, especialmente de alguns pequenos pormenores que achei simplesmente espectacular! Quando à escrita, continua a mesma, rápida, descritiva q.b., e agradável. Já a tradução... Há uma parte em que se fala de 'uma sensação de já visto'. Isto é claramente má tradução. 'Já visto' é a tradução literal de dèja vu, que NUNCA se traduz. Mas pronto, nem tudo podia ser perfeito...

sexta-feira, junho 26

Michael Jackson

Michael Jackson morreu, ontem, vitíma de ataque cardíaco.

Um choque para o mundo da música, claro, ele era o Rei da Pop, tinha um grande talento, e vendia que era uma coisa doida.

Mas... quer dizer... Tanta plástica... Um suposto vicío em analgésicos... e mais uma data de coisas... Não era nada que não se esperasse mais tarde ou mais cedo!

Sim, eu tou a dizer isto, mas também fiquei surpreendido, tenho que dizer, mas pronto...

O que eu acho mal é tanta notícia sobre ele. Toda a gente diz 'coitadito, morreu!', e tem pena, e quer respeitar, porque acabou de morrer, mas ninguém o larga. Vários canais de televisão não falam de outra coisa, e os que não falam, ou se preparam para isso, ou não conseguiram saber grande coisa. E também o de repente, toda a gente falar bem dele, mesmo que quando ele fosse vivo, falassem mal. Isso sim está mais do que errado. Morreu, é certo, mas tudo o que fez continua feito. Só demonstra como as pessoas são hipócritas, e que talvez o que dissessem mal não fosse assim tão sentido, e para evitarem os remorsos, mudam de discurso. Mas enfim, é sempre assim...

quinta-feira, junho 25

Lirael - A Rapariga do Glaciar

O segundo livro nesta trilogia de Garth Nix, continua a história do livro anterior, 14 e 18 anos depois. Sabriel e Touchstone, já casados e com dois filhos, Sameth e Ellimere, governam o Reino Antigo. Mas na minha opinião, a melhor parte do livro é a história paralela que nos é apresentada. A história de Lirael, uma Filha das Clayr, que, por ser diferente de todas as Clayr, está constantemente a tentar integrar-se.

Lirael é posta a trabalhar na biblioteca e com a ajuda de um livro, cria uma amiga, a Cadela Desavergonhada, que é mais do que parece à primeira vista. Algum tempo depois, Lirael encontra as 7 flautas de Pã, o Espelho Negro e o Livro da Lembrança e do Esquecimento, e torna-se uma Lembradora, alguém que consegue ver o passado.

Já quase no final do livro, Lirael e Sameth encontram-se, e juntos vão até à Casa de Abhorsen, onde Lirael descobre que é meia-irmã de Sabriel, a mão de Sameth, e consequentemente, sua tia. Chocados com esta notícia, chegam à conclusão que Lirael deve ser a Futura Abhorsen, e não Sameth, que fica aliviado com esta descoberta.

Uma boa continuação, e devo dizer que vi logo duas coisas quando ia a meio do livro. Não gosto do Sameth, mesmo nada, e Lirael é quase de certeza a minha personagem preferida de toda a trilogia, até agora. Sameth não passa de um rapazinho cobarde, que teve a sorte de ser filho de quem é, e por causa desse legado ser um Mago da Carta poderoso. Já Lirael... Sem saber quem era o seu pai, e completamente isolada do resto da sua comunidade, acaba por fazer grandes coisas sozinha. Derrotou um grande mal na Biblioteca, criou a Cadela, e descobriu os artefactos que fizeram dela uma Lembradora. Mais tarde, tornou-se a Futura Abhorsen.

Tal como o livro anterior, uma escrita rápida, mais concentrada na história que outra coisa, mas com um enredo mais complexo, ao invés do enredo mais linear do livro anterior. Mas continua excelente. As partes do Sameth eram um bocado irritantes, mas pronto eu não gosto dele, sou suspeito!

quarta-feira, junho 24

A Preguiça


Pode ser um animal. Um grande animal, tenho que dizer. Não por ser grande, pois não é muito grande, mas por ser um animal que eu admiro, um animal espectacular. Basicamente é um animal preguiçoso. Logo aí ganha pontos. Ou achavam que se chama 'Preguiça', por ter sido descoberto por Robert Preguiça? Nah, chama-se mesmo 'Preguiça' por ser um animal preguiçoso. Mexe-se devagar, muito devagar, tem um metabolismo lento, e dorme em média, 14 horas por dia. Um espectáculo de bicho, tenho que admitir.

Mas a preguiça, do ponto de vista religioso, é um pecado mortal! É daqueles que nos dá um bilhete expresso para o Inferno! Até tremo. Ou não. Todos somos preguiçosos, ou temos momentos de preguiça. As religiões também são preguiçosas. Criaram cada uma o seu Deus, que criou o mundo num estalar de dedos, com preguiça de andarem à procura de uma explicação decente. Para tudo o que não temos resposta, há alguma religião que diz 'Foi Deus!', e fica explicado. Claro que cada religião apregoa que foi o seu Deus, por isso ficamos um bocado na dúvida...

Já segundo os médicos, pode não ser preguiça, mas ergasiofobia. O medo de trabalhar. O pavor a qualquer tipo de actividade. A minha opinião? Desculpas. Preguiça é o medo de trabalhar e o pavor a qualquer tipo de actividade. Os médicos quiseram foi arranjar uma palavra nova.

Para os psicólogos pode ser um comportamento que bla bla bla. Vou ser sincero, não gosto de psicólogos nem psiquiatras nem afins, por isso nem quero saber o que é que eles acham da preguiça. Ainda me dizem que é uma manifestação subconsciente no meu comportamento, como reflexo de comportamentos reprimidos pelo meu consciente. Tanta coisa para dizerem que somos preguiçosos...

Filosoficamente, deve ser uma atitude perante a vida, uma forma de encarar a vida, e aquilo que nos dá prazer. Talvez uma constante busca pelo prazer e o bem estar. Sem nos mexermos mais do que o necessário, claro.

Já segundos os professores e algumas pessoas mais velhas, a preguiça é coisa dos fracos e dos maus. São os molengas, os pastelões, os atadinhos, os atrasadinhos, os calões. Não me afecta. Chamem-nos o que quiserem. A preguiça para retaliar é muita.

Agora, o que é para mim a preguiça... Eu acho que a preguiça é, depois de escrever isto tudo, querer dar uma explicação nossa, e adivinhem? Estar com preguiça de o fazer. Aquela coisa do querer, mas não me apetecer. Isto sim, é a preguiça.

segunda-feira, junho 22

Não me recordo...


A minha memória de peixe entrou em funcionamento, e em grande! Então não é que me esqueci o que é que ia escrever para o post de hoje? Enfim...

Mas já que aqui estou posso falar de uma coisa qualquer... Ora vamos lá ver... Já sei! Acho que uma das minhas expressões favoritas pode ser um belo tema. 'Memória de peixe'. Tenho quase a certeza que já usei esta expressão em posts anteriores, e tenho ainda mais a certeza que muita gente não faz a mínima ideia do porquê desta expressão.

Bem, porque não explicar? Alguma vez ouviram falar da 'memória de elefante'? Bem, é uma expressão bem usada, ficam já a saber. Os elefantes têm mesmo uma memória prodigiosa. A expressão que eu uso 'memória de peixe' é exactamente o contrário, e é também bem usada! Significa uma má memória, e sim, os peixes têm memória. Má. Muito má. De 3 segundos. Conhecem a Dóris, a peixe azul, mais esquecida que eu sei lá o quê, do filme 'À Procura de Nemo'? Um bom exemplo da memória de peixe. E da minha, já agora.

Verdade, verdadinha. Os peixes lembram-se de uma coisa durante 3 segundos! Claro que quando eu uso esta expressão da 'memória de peixe' para me referir a mim, ou a alguém, estou obviamente a exagerar! Pelo menos no meu caso, sei perfeitamente que as memórias não duram 3 segundos na minha cabeça. Um completo exagero!

Nunca cá estão tanto tempo.

domingo, junho 21

Calor - 0 / Ventoinha - 1


Está quente, está abafado, está calor!

Uma ventoinha!

Está melhor, está razoável, está suportável!

Uma ventoinha na potência máxima!

Está cada vez melhor, está cada vez mais suportável, está razoavelmente fresco!

E viva as ventoinhas!

sábado, junho 20

A Missão de Sabriel


O primeiro livro desta trilogia escrita por Garth Nix, é uma introduão perfeita a este mundo. A Muralha separa o Reino Antigo de Ancelstierre, estando o primeiro repleto de Mortos que caminham sobre a terra, e o segundo relativamente seguro. Sabriel é uma necromante, filha de outro necromante, conhecido como Abhorsen, e, com 16 anos, encontra-se a salvo dos mortos do Reino Antigo, no Colégio de Wyverley. O seu pai visita-a de vez em quando, ensinando-lhe a necromancia, enquanto pelo colégio, ela aprende a Magia da Carta.

Mas uma noite, o pai não a visita, e em vez disso, envia-lhe a sua espada e os seus sinos de necromante. Sabriel acha estranho, e acha que o pai só pode estar morto, ou em vias de morrer, por isso vai à sua procura. Uma vez no Reino Antigo, vai até a Casa de Abhorsen, onde conhece Mogget, um misterioso gato branco, que é, afinal, um espírito de Magia Livre, tão antigo quanto a Muralha, aprisionado e condenado a servir os Abhorsen. Juntos partem em busca do pai de Sabriel, a voar numa Asa de Papel, uma construção dos Abhorsen.

No caminho são atacados, e a Asa de Papel despenha-se e é destruída, caindo dentro de um buraco fundo, onde Mogget, liberto da sua coleira, tenta matar Sabriel, como vingança por estar preso, mas Sabriel consegue voltar a aprisioná-lo, e encontram uma galeria que os leva até outro recinto, onde se encontravam vários barcos, tendo um deles, um jovem aprisionado. Sabriel entra na Morte, e traz o seu espírito até à Vida, libertando-o da sua prisão de 200 anos. Ele agradece-lhe, mas não se lembra do seu nome, por isso Mogget chama-lhe Touchstone, como referência a algum acontecimento passado, que só os dois se lembravam e sobre o qual não podiam falar, subjugados por algum feitiço.

Agora com Touchstone para os guiar, os três partem juntos, novamente em busca do pai de Sabriel, e no caminho ajudam uma cidade a libertar-se dos Mortos que os estavam lentamente a matar. Chegam, por fim, a Belisaere, onde encontram um reservatório subterrâneo, onde está o corpo do pai de Sabriel, preso na Morte, para se salvar a ele próprio de Kerrigor, um Adepto da Morte. Sabriel mergulha na Morte, e traz o pai de volta à Vida, mas apenas por alguns momentos, o suficiente para ele lhes dizer para fugirem, e para tocar o Astarael, o sino que leva para a Morte todos os que o oiçam. Mogget fica lá, e Touchstone e Sabriel fogem até Ancelstierre, levados por outra Asa de Papel, que lhes foi dada por duas Clayr, habitantes dos glaciares.

Chegados a Ancelstierre, vão em busca do corpo de Kerrigor, e quando não conseguem abrir o sarcófago, levam-no até ao colégio de Sabriel, para que as alunas das aulas de Magia, e a professora de Magia os ajudassem com essa tarefa. Kerrigor vai também até ao colégio, e no meio da batalha, o sarcófago é aberto, e Kerrigor é mandado de volta para o seu corpo. Mas isto apenas o enfraqueceu, tal como enfraqueceu Sabriel, e ele conseguiu agarrar em Sabriel, e preparava-se para a matar, quando Sabriel o aprisiona da mesma maneira que tinha aprisionado Mogget. Num último esforço, Kerrigor atira a espada de Sabriel contra ela, e prepara-se para matar Touchstone, quando o aprisionamento faz efeito, e o transforma num gato, preto.

Sabriel, mergulhada na Morte, desce o rio até ao último Portão, até que todas as gerações de Abhorsen antes dela a convencem a voltar para trás, e a viver.

Uma bela história, de acção rápida e condensada. O livro é pequeno, mas tem uma quantidade de coisas que até parece impossível. A maneira como aborda a necromancia, especialmente pela parte dos Abhorsen, é interessante, e a escrita é rápida, sem se demorar muito em descrições, concentrado-se na história, dando um ritmo rápido à história. Parece que tudo acontece muito depressa! Um bom livro, mais do que aconselhado!

sexta-feira, junho 19

Cubo de (Pregui)Rubik(Çoso)


Quem me dera ter tido um destes quando era mais novo...

quarta-feira, junho 17

Home: O Mundo é a Nossa Casa


"É preciso deixar de furar o chão, e olhar para o céu. É preciso aprender a cultivar o sol."


terça-feira, junho 16

No more colours!


Fartei-me. Dá muito trabalho. Chega de cores, o trabalhão que é fazer um post e meter uma cor a cada 5 palavras ou o caraças. Fartei-me.

Esta é a vontade do Preguiçoso Supremo.

segunda-feira, junho 15

Drácula


Um verdadeiro clássico, a história do Conde Drácula, é-nos contada através de um conjunto de diários: o de Jonathan Harker, o de Mina (e mais tarde Mina Harker), o de Lucy Westenra e o do Dr. Seward, bem como um memorando ocasional de Van Helsing.

A história começa com Jonathan Harker de visita ao castelo do Conde, na Transilvânia, para tratar dos assuntos relativos à casa em Londres que Drácula quer comprar. Acaba por ser sequestrado, recebendo uma visita das 3 noivas de Drácula, e quase enlouquecendo ao se aperceber do que lhe estava a acontecer. Mas consegue escapar, embora fique muito doente.

Depois são-nos apresentadas um conjunto de cartas, trocadas entre Mina e Lucy, até que decidem encontrar-se. Durante a estadia juntas, Lucy é mordida pelo Conde (embora essa só lá cheguemos indirectamente, pois nunca se diz mesmo isso no livro). Ora, Lucy tinha 3 pretendentes, o Dr. Seward, dirigente de um manicómio (e 1 daqueles cujo diário lemos), Quincey Morris, o americano imperturbável, e Arthur Godalming, o filho de um Lorde. Lucy decide-se por Arthur, e os outros dois ficam a ver navios, embora lhe jurem amizade. O mais interessante? Os 3 conhecem-se e são bons amigos. Ora, quando Lucy é mordida, e uma qualquer doença estranha se abate sobre ela, o Dr. Seward chama o seu antigo professor e amigo, Van Helsing, uma mente brilhante em vários campos da ciência.

Como eu fiquei feliz quando li o nome de Van Helsing. Sempre ouvira falar deste poderoso caçador de vampiros e demónios na generalidade, e sempre o admirara enquanto personagem. Como eu fiquei desiludido quando o seu cabelo e bigode brancos, que repousavam na sua cara já sulcada de algumas rugas, são descritos. O tenebroso caçador de vampiros holandês... é velho. Enfim, adiante: Van Helsing chega à conclusão que Lucy foi mordida por um vampiro, mas não a consegue salvar da morte, e então, com a ajuda dos 3 pretendentes de Lucy, mata a "falsa-Lucy" como lhe chamam no livro, devolvendo a alma da pobre Lucy ao descanso.

Mais tarde, quando tudo parecia já bem, descobre-se que o Conde pretende fazer de Londres a sua nova residência, e a partir daí criar uma nova hoste de mortos-vivos. Por isso, todos juntos, iniciam o trabalho de purificar os esconderijos do Conde, para que ele não possa lá voltar, usando o manicómio do Dr. Seward como base de operações. Azar dos azares, nesse mesmo manicómio está instalado um louco chamado Renfield, que é uma espécie de servo de Drácula, e que a certa altura o convida para entrar no manicómio. Uma vez lá dentro, o Conde tem liberdade de movimentos, e por isso morde Mina, e infecta-a com o seu sangue. Ou seja, quando Mina morrer, irá tornar-se um vampiro, e mesmo antes de morrer, os traços do vampirismo irão começar a surgir nela.

Decididos a impedir que isso aconteça, o grupo parte todo para a Transilvânia, para matar de vez o Conde, e depois de matarem também as suas 3 noivas, conseguem reduzir o Conde a pó. Durante a batalha com os ciganos que transportavam o Conde, Quincey é ferido, acabando mesmo por morrer. Uns anos mais tarde, já com Arthur e o Dr. Seward casados, e Mina e Jonathan já com um filho, vemos que embora esse filho reúna os nomes do pequeno grupo, todos lhe chamam Quincey. E assim acaba o livro, com Van Helsing a dizer que não precisam de provas para dizer que aquilo tudo aconteceu, apenas precisavam de o saber, e que o mundo estava livre daquele mal.

Um livro brilhante, enciclopédico, onde aprendemos muito sobre os vampiros em geral, e que está escrito à boa maneira antiga inglesa, de uma maneira muito formal, com todos os contactos entre personagens muito formais. É um livro um bocado... chato às vezes, pois como está escrito sobre a forma de diários, às vezes há pouca acção, e muito quotidiano, mas no geral, está muito bom.

sábado, junho 13

Prima-Feira


Eu tinha uma dúvida. Uma dúvida que envolvia os dias da semana. Porque raio é que começamos pela Segunda-Feira? Domingo, Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta e Sábado. Não há um dia da semana, cujo nome remeta para primeiro, como há para segundo, terceiro. quarto, quinto e sexto. Mas então porque é que não há para primeiro? Nunca percebi.

Mas então, aqui há uns dias, pus-me a pensar. E se houvesse? Como se chamaria? Primeira-Feira? Fica feio... Vamos pela lógica. Segunda, Quarta, Quinta e Sexta, têem o nome original, mas e Terça? Deriva de terceira. Ora primeiro>primeira>prima. Prima-Feira. E é que já fica melhor. Mas tudo isto pensei eu por pensar, como resposta a uma simples dúvida que sempre tive desde criancinha, e que aposto muitas criancinhas têm, ou tiveram, alguma vez na vida.

Imaginem então, qual não é a minha surpresa, quando pesquiso isto no Google, e descubro que já houve uma Prima-Feira? O meu queixo caiu. Sim, é verdade, já houve. É aquele dia a que agora chamamos Domingo. Antigamente, correspondendo ele ao primeiro dia da semana, chamava-se Prima-Feira, e assim, já todos os dias tinham um nome que fazia sentido. Mas agora chama-se Domingo. Porquê? "Porque o nome Prima-Feira evoluiu para Domingo." HÃ? Prima-Feira evoluiu para Domingo? Mas isto está tudo doido ou quê?!?!

Calma, calma, afinal ainda falta uma parte. Prima-Feira, passou-se a chamar Dies Domenica, e a partir daí evoluiu para Domingo. Ahhhh, assim já faz mais sentido, já durmo mais descansado. Mas mesmo assim... qual é que é a piada de Dies Domenica? Quem foi a cabecinha brilhante que teve a ideia de tirar um nome BRUTAL, como Prima-Feira, e dar o nome Dies Domenica? De certeza que tem filhos. Que eram para se chamar António e Maria. Mas ele decidiu mudar para Gertasivano e Arbezelina. Só pode.

sexta-feira, junho 12

90 e quantos milhões?


93 ou 94? Já nem sei. Mas também, mais milhão, menos milhão, ninguém nota...

Pensando noutra coisa, o Benfica tem cerca de 170 mil sócios. O que se pagou pelo Ronaldo, chegava para dar uns 500 euritos a cada sócio, e ainda sobravam uns 8 milhõezitos e meio... Fogo... Bem que podiam partilhar!

Caso pensem nisso: EU SOU ADEPTO DO BENFICA!!!

quinta-feira, junho 11

Isto realmente...


"O seleccionador português de futebol, Carlos Queiroz, classificou como 'objectivo cumprido' o desafio particular com a Estónia, em Talin, com mais um empate a zero. Apesar de mais uma exibição pálida, Queiroz ficou contente. O seleccionador afirmou depois do encontro que «Os jogadores entregaram-se de princípio a fim. Alguns deles estavam nervosos no princípio, mas, pouco e pouco, ficaram mais tranquilos.» A selecção volta a jogar em Setembro. Na corrida ao Mundial de 2010, Portugal defrontará a Dinamarca."


DianaFM.com


Como é que o treinador da equipa em 11º no ranking da FIFA, fica contente, e com objectivos cumpridos, com um empate a zero contra a equipa em 113º?!?!?


A sério que não percebo...


segunda-feira, junho 8

A Bela da Frase [2]


O amanhã de ontem é o ontem de amanhã.

domingo, junho 7

Nómada

Tenho de confessar que fiquei agradavelmente surpreendido. Stephenie Meyer, a autora da saga Crepúsculo, tem uma escrita simples, mas cativante. Quando este livro primeiro saiu, nem lhe dei muita atenção, por ser da mesma escritora que escreveu o Crepúsculo e sequelas. Essa tetralogia era (e é) tão popular que até chateia. Tantos maluquinhos por aquilo, 'ai o meu Edward, aiaiaiaiai'. E a história nunca me pareceu ser assim alguma coisa de especial. Vampiro gosta de mortal. Complicações óbvias. Pouco mais que isso. Uma espécie de Romeu e Julieta, versão gótica. Pelo menos é o que me parece pois nunca li nenhum desses livros.

Nómada, quando vi a sinopse, chamou-me a atenção.  Duas "pessoas" no mesmo corpo, debatendo-se com a partilha dos sentimentos uma da outra. Isto sim, é uma história que chama a atenção. E embora estivesse um bocado apreensivo quando o comecei a ler, tenho de dizer que gostei. É realmente uma história diferente, e conta com alguns pontos positivos, pelo facto de ser contada na 1ª pessoa, embora a parte que eu mais gostei, tenha sido a parte onde a história é contada na 2ª pessoa do plural! Num momento em que as duas "pessoas", se "sincronizam", o eu passa a nós. E isso sim, é original.

A história assenta numa base simples: uma espécie alienígena invade vários planetas, incluindo a Terra, e usa os corpos dos seus habitantes como hospedeiros. E é através dos olhos de um desses hospedeiros "possuídos", que a história nos é contada. A hospedeira é Melanie Stryder, e a Alma que a ocupa é Nómada. Só que, ao contrário do que é normal, a mente da hospedeira não deixa o corpo, conseguindo falar por pensamentos com Nómada, e partilhando ou bloqueando as suas memórias à Alma que habita o seu corpo.

Sendo a espécie invasora, mais do que pacífica, e simpática e bem-intencionada com toda a gente (uns secas, resumindo), os sentimentos avassaladores que Melanie transporta com ela no corpo partilhado com Nómada, são algo de novo e aterrorizante para esta última. Mas, no meio disto tudo, Nómada acaba por partilhar do profundo amor que Melanie sente pelo irmão mais novo, Jamie, e pelo namorado, Jared. Por causa deste sentimento, Nómada parte em busca dos dois, em parte persuadida por Melanie, em parte por vontade própria. Encontra-os a viver com um grupo de Humanos fugitivos, a viver numas grutas descobertas pelo tio de Melanie, Jeb.

Passado um período de difícil adaptação, Nómada é aceite no grupo, e participa nas tarefas diárias, e, embora Melanie continue apaixonada por Jared, a Alma apaixona-se por Ian. No fim, e depois de um dos Humanos morrer, e outro ser morto, e de começar a participar nos raides para ajudar a pequena comunidade, Nómada é mudada de corpo, contra a sua vontade, e continua a viver com aquele grupo.

O mais interessante neste livro? O confronto constante entre Nómada e Melanie, e entre os seus sentimentos e pensamentos. Convivendo no mesmo corpo, com Nómada a ter acesso às memórias da hospedeira, o que cada uma sente e pensa, começa-se a tornar difuso. Muitas das acções de Nómada são baseadas em sentimentos que ela não sabe se são dela, ou reminiscências das memórias de Melanie. Este estranho e brilhantemente escrito confronto mental e emocional, é o centro de toda a história, e aquilo que torna este livro algo digno de ser lido.