segunda-feira, dezembro 22

As diferenças

Quando era mais novo, como qualquer pessoa, chegava a esta altura, o quase-Natal e ficava todo excitado. Agora é mais a ansiedade do banquete que lá vem.

E então, inspirado com uma ideia dada por uma amiga minha (obrigado já agora) decidi ver as diferenças, de quando era mais novo para agora.

A montagem da árvore:
     Quando era mais novo: 'Oh paiiii vamos montar a árvore, vamos!!'
     Agora: 'Rui anda ajudar a montar a árvore!'

As prendas:
     Quando era mais novo: 'Umas cuecas do super-homem, que fixe!!'
     Agora: 'Ah, umas cuecas do super-homem, que interessante...'

A decoração no meu quarto:
     Quando era mais novo: 'Oh mãe, oh mãe, mete aquilo, e mais aquilo, e aquilo também!'
     Agora: 'Oh mãe, tira aquilo dali! E aquilo e aquilo também!'

A noite de Natal:
     Quando era mais novo: 'Já não tenho fome, vamos abrir as prendas?!?!'
     Agora: 'Já vamos abrir as prendas? Mas eu ainda tenho fome!!!'

Distribuir as prendas:
     Quando era mais novo: 'Eu vou lá dar, dá cá.'
     Agora: 'Toma lá, vai lá dar.'

A televisão:
     Quando era mais novo: 'Vão começar agora os desenhos animados super-especiais-de-corrida de Natal!'
     Agora: 'Vai dar o especial de Natal do wrestling, tira lá dos desenhos animados!'

A utilidade:
     Quando era mais novo: 'Anda ajudar a distribuir os presentes Ruizinho, anda lá.'
     Agora: 'Vá, Rui, empurra esta mesa para ali, carrega aqueles presentes, os maiores, para debaixo da árvore, ah e ajuda aqui com os sofás, temos que os trocar de posição.'

Bem e é isto, de certeza que há mais coisas, mas eu não me lembro, por isso ficam só estas. Como vêem, as prendas são as mesmas, o que não é lá muito bom, os interesses mudaram, e a utilidade mudou... muito... o que não tem graça nenhuma... enfim...

Como já só cá devo voltar para o ano (é já daqui a uns dias, não desesperem)

Feliz Natal e um Bom Ano Novo e todas essas coisas!

terça-feira, dezembro 16

Carta ao Pai Natal

Estamos quase no Natal! Receber prendinhas, almoçarada e jantarada de Natal, mais umas prendinhas, comer mais um bocadinho e tal... Mas agora uma coisa... as prendas... como é que toda a gente sabe sempre aquilo que nós queremos, e nunca nos dão aquilo que nós queremos? É estranho, muito estranho... 

'- Ah queres um livro? Muito bem, muito bem, toma lá umas meias!!'

Coisas deste género estão seeeeeeeeeempre a acontecer. Mas sempre! E ainda por cima sendo rapaz, começam com coisas: 'já és um homem, toma lá um aftershave!' E acabo o Natal com quatro aftershaves, três pares de meias, um par de cuecas, e meia dúzia de desodorizantes. Isto há ali uma mensagem subentendida: 'CHEIRAS MAL'. É que só pode. Receber vários aftershaves, perfumes e desodorizantes, só pode querer dizer que acham que nós cheiramos mal.

Mas bem, este ano, para não haver dúvidas, ponho aqui uma cópia da minha carta ao Pai Natal:

Querido Pai Natal

Antes de mais, se não receberes esta carta, avisa, que eu mando-a outra vez. E como não sei se mande para a Lapónia ou para o Pólo Norte, deixei-a nos correios sem endereço, eles devem saber onde moras. Junto com esta carta, envio-te uma caixa, que vai vazia, porque já comi as bolachas todas, mas acho que ainda tem algumas migalhas, aproveita. Dentro da caixa vai uma caixinha de comprimidos para a gripe, que uma das tuas renas está sempre constipada... Aquela do nariz vermelho sabes? Vá trata bem dela. Ah, vamos agora às prendas. Queria que me desses um desses teus duendes que tens aí a ajudar. Aqueles pequeninos e verdes. Dava-me jeito um. Queria também que me emprestasses o teu trenó, só para eu me gabar com os meus amigos, 'ah e tal tenho o trenó do Pai Natal, e não sei quê'... Por último queria que me desses um emprego parecido com o teu. Sim, sim, eu sei como é que isso funciona... Entregas presentes um dia por ano, no resto do tempo tens os duendes a fazerem os presentes, e tu sentadinho a comer as bolachas e leitinho que as criancinhas te dão. Isso é que se chama um belo emprego, um dia de trabalho duro, trezentos e sessenta e quatro de férias. E os duendes é que se lixam. Nunca tiveste problemas com o sindicato? Se sim, não me mandes nenhum duende do sindicato, que devem ser como os outros sindicatos e falarem muito e fazerem pouco. Mas bem como vês é pouca coisa. Quer dizer vês se tiveres os óculos postos. Se não os tiveres postos não vês. Mas olha, azar, se não os tiveres postos, lê isto na mesma que eu não me importo.

Um grande abraço, que com essa barriga só um grande é que chega
Rui

quinta-feira, dezembro 11

Deve ser, deve...

De certeza que já repararam na mensagenzinha que aparece no pacote de leite, que mostro aqui ao lado certo? Vocês sabem 'Abertura Fácil'. E de certeza que também já repararam que é completamente mentira. É ou não é? Vá digam lá. Pensem bem. Pensem em todas as vezes que se chegaram ao pé de um pacote de leite e viram 'Abertura Fácil' e vão todos felizes tentar abrir, e acabam a ter que ir buscar a faca mais afiada que encontrarem? Pois é... É fácil o tanas!

Mas eu percebo-os, aquilo não tinha espaço para pôr a mensagem original toda, por isso puseram só aquilo. Queriam pôr 'Abertura Fácil Com Motosserra', mas como era muito grande, tiraram o 'Com Motosserra' e pronto ficou só o 'Abertura Fácil'. É, deve ser isso. Aliás, só pode, não vejo outra explicação. É que fácil, fácil só mesmo com uma motosserra.

Ou então é uma estratégia de marketing. Já consigo imaginar, alguém que viva assim numa aldeia no meio do nada, daquelas sem televisão nem nada, e que nos cem quilómetros circundantes encontram um mini-mercado e vão com sorte, a tentar abrir um pacote destes:

'- Oh Tónio trás ai o pacote de leite!'
'- Já bai, já bai, espera ai um coche!'
'- Anda lá que eu quero buber o meu leite!'
'- Sim bá, bá, toma lá a porcaria do leite!'
'- Epá, oh Tónio, lê-me lá isto que eu não sei dos óculos.'
'- Abertura fácil.'
'- Debe ser debe...'
'- É o que está cá escrito mulheri!'
'- Então tenta lá abrir oh Tónio.'
'- Tá bem, dá cá... Epá realmente num dá.'
'- Eu disse-te, eu disse-te, mas é a mema cosa que falar para uma mula prenha!'
'- Pronto, já percebi! Bai lá buscar o machado que eu já abro esta coisa!'

Eu acho é que esta cena só não se repete por Portugal fora, porque a maior parte das pessoas não tem um machado em casa...

quarta-feira, dezembro 10

O Herdeiro de Oz

Para falar do 'Herdeiro de Oz' tenho que falar do seu autor, Gregory Maguire. Este homem, tem uma espécie de... digamos... mania. Agarra em contos de fadas e histórias daquelas clássicas que toda a gente conhece, e escreve uma versão paralela da história, contando a história de outro ponto de vista, como é o caso de 'Confessions of an Ugly Stepsister' um livro que é nada mais nada menos, do que a história da Cinderela contada por uma das suas meias-irmãs, ou o de 'Mirror Mirror' que usa as personagens de Branca de Neve. Escreveu outros livros, de crianças, e outros do mesmo estilo destes dois acima referidos, mas o mais conhecido é sem dúvida 'A Bruxa de Oz' ou 'Wicked' na versão original, livro que conta a história da Bruxa Má do Oeste da história o Feiticeiro de Oz, e que nos dá uma ideia completamente diferente da história, pois o Feiticeiro acaba por ser o mau, e a Bruxa Má do Oeste é que é a boazinha. Para quem conhece a história do Feiticeiro de Oz, é um bocado estranho, acabarmos por estar a torcer pela Bruxa Má, personagem odiada na história original, embora tenha morrido no início. Mas é isso que acontece. E a Bruxa, tem até um filho Liir. E é sobre Liir que fala 'O Herdeiro de Oz', 'Son of a Witch' na versão original.

Depois da morte da Bruxa Má do Oeste, Liir, o seu filho (embora não saiba que o é) parte numa demanda em busca do seu Eu, ou seja para saber quem ele é na realidade. Acaba por fazer carradas de resmas de promessas que, percebe ele passado um bocado, não vai conseguir cumprir (pensa ele no inicio...), desde prometer ajudar uma meio Elefante (falante, por isso é que é com maiúscula) mascarada de humana, até prometer ajudar a Assembleia das Aves a livrar-se dos perigos que a afligem. Ele no final lá consegue resolver tudo, mas como rapaz com baixíssima auto-estima e uma má ideia de si próprio que mete nojo (a sério, mete mesmo nojo) acha sempre que nunca vai conseguir, que é uma porcaria, que não sabe fazer nada, etc. É demais.

Mas pronto, basicamente é isto. Ah, e a história é muito muito muito boa. Um universo de fantasia... não me sei bem explicar... do caraças! Maguire descreve um universo mágico, que mesmo sem revelar demasiados pormenores, faz-nos a nós criar esses pormenores e imaginar os cenários detalhadamente, tal é a envolvência dos livros dele. A sério, é bem bom, e eu só tenho pena que em Portugal só tenham publicado dois livros dele.

Ok resumindo, é muito bom, leiam, está mais que aconselhado, mas comecem pelo anterior 'A Bruxa de Oz', senão não percebem a história.

P.S. - para alguém que esteja interessado fica aqui o site de Gregory Maguire, mas em inglês: http://www.gregorymaguire.com/

sexta-feira, dezembro 5

O grande terror natalício...


Ladrões que assaltam familias indefesas acabadas de sair das lojas, com centenas ou milhares de euros em compras? Assaltantes que entram em casas a meio da noite para roubar os presentes debaixo da árvore (e o que mais apanharem)? Refeições de Natal mal cozinhadas que causam um mal estar intestinal a toda a gente o que impossibilita a distribuição de presentes?

Sim talvez essa última... NÃO, espera, ainda não é isso! São as mascotes dos hipermercados!

É verdade sim senhor, o Natal a chegar, e o grande terror natalicio é o duo formado pela Leopoldina e pela Popota. Para começar temos uma pássara amarela gigante com olhos grandes demais, e que fala numa voz assustadoramente clara; e uma hipopótama cor-de-rosa com peso a mais, dois horríveis dentes saidos cá para fora, e com a mania que tem quarenta quilos e que por isso pode fazer acrobacias malucas. Ah! e desafina, perdão canta!

Podem achar estranho, mas é verdade. Vou na rua, viro a cara para a direita

AH! uma Leopoldina;

viro a cara para a esquerda

AH! uma Popota;

e vai-se repetindo até chegar a casa, onde me sento em frente à televisão e adivinhem? Popota a desafinar! Quer dizer a cantar claro! Mudo de canal. E agora? Leopoldina! A fazer o quê? A explorar uma ilha perdida! Espectáculo! Tenho agora duas escolhas, uma hipopótama obesa a desafinar, ou uma pássara gigante com olhos maiores que a cara a explorar uma ilha mágica qualquer rodeada de criancinhas! E agora? Escolha difícil... hum... já sei! Desligar a televisão! E pronto, vamos lá ler os jornais de hoje. AH! PORRA! mais Popotas e Leopoldinas nas revistas e jornais. Ok, ler os jornais é definitivamente má ideia, vamos fazer outra coisa... Vamos para o computador! Ah e tal, liga não liga... Já ligou. Vamos ver os mails... AHHHH mais Popotas e Leopoldinas, desta vez em publicidade por mail! Assim não dá... Não dá!

Acho que já chega, estou farto de Popotas e Leopoldinas, o melhor é mesmo não sair de casa, desligar a televisão, não ler os jornais e não ir para o computador até ao Natal...

quarta-feira, dezembro 3

Pequenas Alterações

Venho só aqui falar de algumas alterações que fiz no blog.

Antes de mais, logo a seguir ao meu perfil, acrescentei uma mariquice para pôr imagens, onde vou pôr a imagem da capa do livro que estou a ler, acompanhado de um post a falar desse livro quando estiver lido. Assim uma espécie de crítica, pode até ser que incentive alguém a ler um livrito ou outro, o que não faz mal nenhum.

Depois, a seguir à tal mariquice para pôr imagens, tenho uma listinha de sites (que ainda está pequena, mas que espero que cresça com os tempos, e à medida que me for lembrando dos sites) onde ponho os sites que mais gosto e visito.

Já lá está quatro sites, 'Ctrl+Alt+Del' um site de um webcomic (banda desenhada na internet) actualizado regularmente, e que tem como tema geral os jogos de video, computador, etc.; 'Filmes de Terror' um site com vários trailers de... filmes de terror pois claro! (adoro filmes de terror, como já se deve ter percebido); 'Least I Could Do', outro site de um webcomic, actualizado diariamente que fala sobre... vários assuntos; por fim 'Looking For Group' outro site de webcomic, do mesmo desenhador/escritor de 'Least I Could Do', e que é super-hiper-mega-ri-espectacular, que fala de um grupo de vilões da treta que fazem coisas boa no fim de contas.

Bem, não tenho mais nada a dizer, vejam os webcomics, ou então não vejam, tanto me faz.

terça-feira, dezembro 2

Tem mesmo de ser

O que tem de ser tem mesmo que ser, e isto tem mesmo que ser. Eu sei que já um bocado tarde e tal, mas eu tinha que vir aqui expressar o meu ÓDIO À MATEMÁTICA (fora tudo o que meta equações, e outras coisas que têm a sua graça, mas na generalidade ODEIO)

Mas a sério, ódio mesmo.

BAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!!!!!!!!!!!

Pronto desculpem, um momento para me soltar.
Respirar fundo.

Já tá. Já chega. É tarde. Vou para a cama.