quinta-feira, abril 9

Robur o Conquistador

Mais um livro de Júlio Verne. A escrita é boa, como sempre, mas a história deste livro deixa muito a desejar, pelo menos na minha opinião. A história começa no Weldon Institute em Filadélfia, com Uncle Prudent como seu presidente e Phil Evans como seu secretário, onde os dias são passados em acesas discussões entre os seus membros. Discussões essas sobre aviação. Hélice à frente, hélice atrás, planador, de hélice, enfim, discussão de pequenos pormenores que não interessam a ninguém, com balonistas de todos os lados da discussão.

Um dia, entra de rompante um homem pela sala adentro do Weldon Institute. Esse homem é Robur, que afirma que o futuro da aviação passa pelos aparelhos mais pesados que ar, afirmação rapidamente posta em causa por todos os membros do instituto. Por entre uma discussão acesa, e alguns tiros de revólver, Robur desaparece, tão depressa como tinha aparecido.

Mais tarde, terminada a sessão no instituto, Uncle Prudent, Phil Evans, e seu criado Fricollin, passeiam pelo parque, e são raptados. Por quem? Por Robur, claro está, que os mantém prisioneiros no Albatroz, a sua máquina voadora mais pesada que o ar. A história descrita daqui para a frente, pouco interesse tem. Basicamente uma viagem pelos ares, passando por vários sítios, uma caixa de rapé deixada cair com uma mensagem de socorro dos prisioneiros, uma paragem numa ilha no meio do oceano, que permite aos prisioneiros fugir, e explodir com o Albatroz.

Uncle Prudent e Phil Evans, sãos e salvos já no Weldon Institute, avançam com os trabalhos do seu balão gigante, o Go Ahead, aparelho para provar que o futuro está nos mais leves que o ar. Durante a demonstração de voo do aparelho, aparece quem? O Albatroz, obviamente, comandado por Robur, que o presidente e o secretário do Weldon Institute julgavam morto. Robur tinha reconstruído o Albatroz, e lutava agora com o Go Ahead. Este rebenta, e cai, os seus tripulantes são salvos por Robur, que os deixa em terra, e depois desaparece.

Uma história no mínimo desinteressante, digo eu.

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