quarta-feira, maio 6

Esteiros

Bem, o que é que eu hei de dizer... É um livro tão interessante como ver o 'Você na TV' de trás para a frente. É que desta vez, nem a escrita me interessou minimamente. Talvez o eu ter uma edição de 1974, em que sozinho ainda se escreve 'sòzinho', o que é estranho, mas pronto.

Basicamente, a história é sobre um bando de miúdos maltrapilhos que... pronto, fazem coisas de miúdos maltrapilhos. Roubam fruta aos agricultores, tentam arranjar trabalho de vez em quando para ganharem uns trocos, andam à porrada, fazem porcaria, jogam à bola, discutem entre si, ajudam-se uns aos outros, andam a pedir esmola, e sonham com belos futuros que não chegam.

Gaitinhas, o cantor, Sagui o viajante, Maquinetas, o puto 'com jeito para serralheiro', Malesso, o puto que morre lá para o meio do livro, Gineto, o pequeno criminoso com um bom coração, Cocas, o aleijadinho. Acho que estão aí todos os rapazes do grupo. Se me faltar algum é porque não era muito importante. Quer dizer, nenhum deles era. Gaitinhas não passa de um miúdo chorão, que não faz mais nada a não ser cantar e chorar; Sagui passa a vida a contar as suas histórias de viagem, gabando-se de como é viajado, e no fim pisga-se; Maquinetas quer é andar nas máquinas na Fábrica Grande, mas não consegue, e acaba por se tornar num sacana; Malesso, que... bem, que morre; Gineto, o líder da quadrilha e o principal organizador dos assaltos; Cocas, que anda por ali a coxear; são estas as personagens principais.

Resumindo, o que é que eu achei? Não presta.

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